segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quanta saudade...


Quanta saudade da minha avó. Das suas mãozinhas gordas e pequenas. Dos seus vestidos, da sua voz, da sua fala, do seu sorriso, dos seus cabelos brancos.

Quanta saudade daquele tempo em que me fazia companhia me trazendo seu pratinho esmaltado com toda a variedade de biscoitos, além do pão nosso de cada dia, o queijo quando se tinha e uma caneca de café com leite com uma pitadinha de sal.

Quanta saudade do tempo em que terminava o almoço pontualmente às 11h para que eu pudesse comer e terminar de me arrumar para ir à escola. Quanta saudade da época em que enchia a casa das suas rosquinhas caseiras, do seu mingau de milho verde, do frango com quiabo às quartas e do Sílvio Santos aos domingos.

Que saudade do ovo quente todas as manhãs com farinha de mandioca ou farinha de milho acompanhado do cafezinho bem quentinho servido em uma canequinha verde esmaltada. Que saudade dos seus conselhos de avó, dos seus chás para bicha, do seu medo de chuva forte, dos seus xingos, do seu silêncio às 18h, do terço, das suas orações.
 
Que imensa saudade da sua simples presença. Simples, assim como ela, mas ao mesmo tempo tão forte, tão marcante e significativa a ponto de na sua ausência nos deixar órfãos de um amor só dela, tão dela e cheios de uma lembrança e de um tempo feliz graças a ela.


domingo, 29 de abril de 2012

A verdadeira vida




Atraio as melhores companhias, emito a mais forte energia, vibro good vibes e sinto que o universo conspira a meu favor.  Todas as coisas têm funcionado bem, a vida tem sido bem vivida e nada mais tem me preocupado ou atrapalhado meu sono. Me sinto cada vez mais segura das minhas decisões, mais forte, mais madura, mais mulher, balzaquiana, embora ainda não seja uma delas, mas só ainda. Aquilo que não me cabe não ocupa mais o meu tempo nem meus pensamentos, quem dirá minhas ações. E tudo isso tem feito de mim alguém melhor, de bem com a vida, com o mundo e comigo mesma.

Vibre na batida do seu coração, acompanhe o ir e vir da sua respiração, corra na velocidade em que corre seu sangue nas veias, levando vida a todo o corpo, e ofereça ao Universo tudo o que de melhor existe em você, e tenha certeza, sua vida nunca mais será a mesma, e você não se reconhecerá jamais. Porque a vida é isso, respiração, batida do coração, autoconhecimento, paz, energia, vibração e esse mundo em que vivemos é só isso que os nossos olhos podem ver: a matéria, o físico,  o concreto. Mas a verdadeira vida, sentida nas entranhas da alma, essa ninguém seria capaz de explicar.