quinta-feira, 26 de maio de 2011

Correr ou permanecer? Eis a questão

Não sei o que fazer, para onde correr, a quem recorrer nem o que pensar ou como agir. O que eu temia aconteceu. Agora o que seria futuro vira presente e o que era presente  fica para trás. Me pego pensativa várias vezes, perdida, sem rumo, sem norte. Será que fiz a coisa certa? Como vai ser daqui para frente? Me pergunto procurando pela resposta que não vem.
 
Era para ser? Melhor correr? Inútil. O pensamento me persegue me cobrando uma posição. Me sinto covarde, pequena e infantil diante da situação que antes imaginava um dia acontecer, mas que agora é real. Correr ou permanecer? Eis a questão.

domingo, 22 de maio de 2011

Aquela música


E aquela música ainda me faz lembrar você. Finalmente me encontro bem novamente, mas aquela música ainda me faz lembrar você, a lua cheia ainda me faz lembrar você... Suas promessas de uma vida a dois se perderam no tempo e no espaço físico, mas não aqui dentro de mim. A esperança de um telefonema repentino permanece viva, apesar de fingir o contrário. Estou bem, mas ainda me pergunto se você também está, o que anda fazendo, como se encontra. E ainda interrogo o destino um porquê para tudo aquilo, já que foi tudo tão repentino, tão intenso e ao mesmo tempo tão fugaz e tão voraz.

Me sinto bem, mas quando ouço aquela música, ainda me lembro de você...
 

sábado, 14 de maio de 2011

Partida do jogo da vida

Sinto-me sozinha. Meus amigos já não são mais os mesmos. Minha rotina mudou. Minha rota já não é mais aquela de trinta dias atrás. O itinerário parece ainda desconhecido.

Novos rostos, novos caminhos, novos horários e a mesma incerteza do amanhã. O mesmo medo do por vir. A mesma insegurança infantil caminha de mãos dadas com o presente.

A noite termina mais cedo, a casa parece a companhia mais constante, os dias são mais solitários, a rua já não possui tanto mistério e glamour. O telefone já não toca mais, os imprevistos saíram de campo e agora tomam o gramado a rotina, o previsível, o trivial, o literalmente (e literamente mesmo) feijão com arroz.

Agora não são mais os 90 minutos o momento enfadonho e cansativo pela sua monótona obviedade e sim a sua prorrogação. Aquela que antes causava ansiedade e doía o peito, suava as mãos, trazia novidades, enfeitava a semana, fazia revelações, virava o jogo e fazia o gol da vitória agora cai para a segunda divisão, sem cliques, sem primeira capa, desinteressante e sem notoriedade. Será que com apenas os 90 minutos consigo o glorioso desempate ou teremos ainda prorrogações, ainda que jogado apenas com um jogador?