quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Sempre presente, meu presente

Ela está sempre presente. Me lembro ainda quando nossos laços se estreitaram.

Rotina diária, família formada, mesmos dilemas profissionais, dúvidas trocadas, sonhos compartilhados e um bem querer mútuo sem tamanho.

Agora, mesmo distante, ela continua presente. Nos telefonemas, nas mensagens, nos e-mails, na torcida à distância, nas lembranças...

Quando me lembro dela, do seu carinho, da mansidão da sua voz e da sinceridade do seu olhar, de alguma forma, me recordo de alguém a quem admiro e quem mais amo nesse mundo: minha mãe. E ela é um pouco isso: mãe, amiga, protetora.

Sempre preocupada, sempre atenciosa, sempre amiga, ela é sempre. Não é passageira, não é cometa, veio para ficar. Das amizades que cuido, ela está dentre as que mais valor possui. Chegou de mansinho, não precisou fazer alarde, não foi necessário me acompanhar nas baladas nem falarmos de coisas muuuuito íntimas para fortalecermos nossa relação.

E hoje, embora a convivência diária tenha se reduzido a encontros esporádicos, percebo que nada entre nós mudou. Sinto que ela continua sendo um pedacinho da minha casa na cidade grande. Sempre doce, ela, de alguma forma, se faz presente. “Li, tá tudo bem por aí? Se cuida, tá?”. Na hora das caronas, há um lugar garantido que já é meu. Depois de nos despedirmos, sinto aquele carinho me acompanhar até fechar definitivamente a porta, e esse carinho vem comigo em pensamento. Até que ela reaparece e renova nossa cumplicidade, nossa amizade, nossa irmandade.

Nessas horas, agradeço a Deus por ter colocado pessoas tão especiais no meu caminho. Aqueles que não me pertencem se vão, mas as pessoas com as quais me identifico resistem ao tempo, ao espaço e vêm fixar morada eterna no meu coração. Que minhas estrelas permaneçam, perdurem e nunca deixem de brilhar e iluminar o meu caminho porque são vocês que fazem esse caminho valer a pena, caso contrário, na escuridão, talvez, para mim, esse caminho já não existisse mais.