segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Faça-me um favor


Ainda me sinto sozinha. Como me sentia todas as vezes em que estávamos juntos. E faça-me um favor. Não me procure mais. Não apareça mais. Deixe-me estar sozinha como estou, sozinha como sempre estive. Nada de falsas declarações ao pé do ouvido. Nada de mensagens solitárias no meio da madrugada. Nada de ligações carentes em fim de tarde.

Preciso de um tempo. Preciso de mim por inteiro.  Preciso de ar limpo e puro. E não quero notícias suas. Não por enquanto. Não quero saber como está. Não quero saber o que faz, como se encontra, o que anda pensando, os lugares que frequenta. E faça-me um favor. Não pergunte mais por mim. 

Ainda me dói quando penso em você. Ainda machuca a saudade, as recordações, as lembranças. E é por isso que não quero mais pensar em você. Porque preciso arrancar essa dor latente que insiste em dominar todo o meu ser. Porque preciso reconstituir meu corpo, alma e coração.  E por isso, faça-me um favor. Não me diga mais que me ama, que me quer, que sou quem sempre sonhou. Faça-me um favor. Não volte a repetir que me pediu para Deus de presente e para te ver contente ele me inventou. Até que passe toda essa dor e sentimento, faça-me um favor, não exista mais.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pela primeira vez


Pela primeira vez eu disse a ele que o amava. E ele chorou. Nos abraçamos fortemente em meio a multidão.  E ele chorava. E naquele momento o mundo éramos apenas eu e ele. Me senti como num filme, como se naquela cena a câmera nos focasse em um giro de 360 graus. Mas não era filme, não era cena, não era sonho. Era real. E aquele abraço se eternizou. Aquele momento nos pertence. E agora eu também o pertenço.

E hoje tenho ainda mais certeza de que o amo, de que o quero, de que é ele o homem da minha vida, quem esperei durante todo esse tempo. Príncipes existem sim e eu encontrei o meu.

Quero fazê-lo feliz e fazê-lo acreditar que toda espera foi válida e necessária. Quero que acredite que esse amor é eterno. Que sou su alma gemela. E que todo esse sentimento ainda sobrará para todos as nossas próximas vidas e gerações.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aquele abraço


Um abraço me trouxe a calmaria que precisava num dia turbulento.  Era como se meu mundo se enchesse de luz e magia. A tristeza deu lugar a uma paz nunca sentida. A certeza de dias melhores se tornou mais forte. Meu coração se tranquilizou e a fé se fez mais presente.

Aquele abraço me fez sentir tão bem, me levou a um plano não antes conhecido, me trouxe a energia que precisava. Junto com o abraço vieram o olhar e o sorriso tão lindos e tão dela. E só dela. E naquele momento senti como se não pertencesse mais aquele lugar. Me senti transportando a um planeta mágico, cheio de azuis. 

Aquele abraço me fez sonhar, sorrir e cantar. Me tranquilizou a alma, me acalmou o coração. Me fez acreditar que se pode ser feliz. Me fez feliz.

Daquele abraço nunca mais me esquecerei. O abraço que me trouxe a cor num dia cinzento. Me trouxe calma, paz, amor e boas energias que todo o meu corpo e a minha alma clamavam num dia de turbulência. 

Com aquele abraço voltei para casa feliz e voltei a acreditar também que pessoas boas existem e que Deus nos envia anjos em forma humana no momento em que nos acreditamos mais fracos e menos esperançados.


domingo, 21 de agosto de 2011

Como um pássaro

Você mudou minha vida
Me transformou em um pássaro
E agora preciso voar
Buscar minha alma
Encontrar meu caminho

Mesmo que não saiba
Meu amor é raro
È verdadeiro

Não queria dizer adeus
Não sou dada a despedias
Mas preciso voar
Mesmo longe, serei seu guia
Serei seu anjo
Seu amor secreto
Sua, simplesmente sua

Seja feliz
Sinta-se feliz
Porque mesmo distante, olharei por você
Eu também serei feliz um dia
Mas é que precisei voar
Não posso ficar

Você me transformou em um pássaro
Me fez descobrir a vida
Ocupou um espaço
Que será sempre seu

Preciso voar
Não sei para onde
Não sei até quando
Mas um ‘adeus’ é preciso se dar

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Volto para o que é meu


Hoje volto para o que é meu. Volto para minha família, volto para aqueles que me querem bem e que me desejam como a uma irmã.

Saí, aprendi, reconheci e voltei. Como me fizeram falta, como sonhei em reencontrá-los brevemente e aqui estou novamente louca por um abraço amigo. Com as mesmas lágrimas nos olhos triste por os haver deixado retorno feliz pelo reencontro.

Como um filho pródigo, retorno para o seio da minha família. Família que amo e que agora nesse difícil momento me acolhe novamente como uma mãe acolhe a um filho. Obrigada, meu Deus, pelo crescimento, pela maturidade, pelo aprendizado e pela oportunidade. Pela oportunidade de saída e de retorno. Pela oportunidade de saber que estes sim são sinceros, estes sim são amigos, estes sim me querem de verdade.

E não apenas com as mesmas lágrimas da saída, volto também com um sorriso de felicidade e gratidão e com os braços na maior largura que meu corpo me permite estar, sedenta por aqueles abraços que me fizeram tanta falta todo esse tempo.
                                                 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Meu castelo de areia


Ultimamente temos estado nos lugares errados, nos momentos errados. Falamos o que não deveríamos falar, nos olhamos da forma como não deveria acontecer. Nos ausentamos nos instantes em que deveríamos estar mais presentes e já não sentimos como antes aquele desejo e aquela saudade incontroláveis.


Cadê aquele amor platônico sempre anunciado? E os lábios sedentos de desejo procurando pelos meus? Onde estão aquelas juras de amor eterno? E aquele homem que prometia me amar eternamente e afirmar haver encontrado a mulher da sua vida?


O que aconteceu com os perfeitos finais de semana? Onde foi parar aquela vontade incontrolável de nos vermos? Por que se esconde aquela saudade insistente um minuto depois de nos havermos encontrado? E o ciúmes que nunca vem? Por que razão bate essa tristeza toda vez que nos vemos? Por que essa dúvida, de onde vem esse medo, por que razão essa insegurança?


Se antes tinha certeza, já agora não sei de nada mais. Se antes o queria com tamanha intensidade, agora tenho dúvidas. Essa sensação e esse sentimento destruíram todo o meu castelo de areia construído até agora. Não tenho para onde correr, não sei o que fazer, nem quem procurar. Tudo o que consigo ver em meio a tanta fumaça e escuridão é que meu castelo não se encontra mais de pé.