quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ô Deus???


Deus, qual é o número do seu celular? Preciso te ligar, mandar mensagem, mas sem destinatário, nada adiantaria. Qual é o seu endereço? Precisamos nos ver. Como tantas outras vezes, preciso de colo, conselhos e orientações. 

Está tudo tão pesado, as escolhas difíceis, e as respostas que nunca vêm... Preciso saber o que fazer, se é esse o caminho, e o que da vida devo esperar. Onde poderemos nos encontrar para batermos um papo? Temos muito o que conversar, tanta coisa para te dizer... 

Sabe aqueles medos e receios da infância? É... eles ainda persistem, mas agora sem mais aquelas mãos maternas para segurarem as minhas no meio da madrugada. Dela, a voz é ouvida sempre de longe e seus carinhos são via pensamento. Daquela tia, agora ficam apenas as notícias e não mais os abraços e os sorrisos dos finais de semana. Então, será que é isso mesmo? Me diz?!?!

E sabe aqueles planos existentes desde muito? Não aconteceram... Sabe, sem perceber, acho que cresci e os outros foram ficando pelo meio do caminho. Não consegui carregá-los comigo em presença como gostaria, apenas em  lembranças e pensamento. E que pensamento incessante. E com eles, parte de mim também ficou. Venho apenas pela metade porque minha cabeça está lá. E é por isso também que eu Te clamo. Porque não sei se está correto, se é isso mesmo, se devo continuar ou se o melhor é voltar. É isso, não é... fico, volto... persisto, desisto... e então? Promete me colocar na sua agenda e marcar um horariozinho para mim?


sábado, 5 de maio de 2012

Escrever me faz alguém melhor


Escrever me torna alguém melhor. Com o movimento da caneta, com o contorno das letras e com o rabisco da tinta no papel em branco, aprendi a me descobrir. E, à medida que aquelas ideias confusas jogadas ali no papel começam a se organizar, minha vida também se organiza. 

O choro engasgado se desfaz em lágrimas e em palavras que preenchem o vazio antes impreenchível.  A dor, após dividida com o papel, se parece mais suportável e os seres, antes julgados de forma humana, passam a ser compreendidos e tolerados. 

As ofensas recebidas bruscamente, quando desabafadas por meio dos dedos frios no teclado do computador, são perdoadas com menos dor e mais amor. Se antes era radical, passo a ser mais tolerante. Se andava nos extremos, considero a hipótese de caminhar pelo meio. Se antes afoita, agora mais cautelosa. Se antes limitada, agora completamente livre. 

Por meio das ideias organizadas no papel, aprendi a considerar o outro, sua vida, sua história e seus porquês. Aprendi, pouco a pouco, a desnudar-me, revelando a mim mesma quem de fato eu sou. Traduzindo em palavras meus medos, sonhos e sentimentos, pude entender que só eu sou digna de dizer se dói, onde dói, qual é a intensidade da dor e qual a cura, cabendo apenas a mim diminuí-la ou extingui-la de vez. Avalio hipóteses, ouço conselhos, mas a escolha final é minha, e apenas minha. 

Escrever me trouxe a paz almejada, o alívio para toda dor, e ao próximo, o verdadeiro amor.  Com o desenho das letras, me descobri mulher, me descobri maior. E por isso concluo, escrever me faz alguém melhor. 


terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais que amigo


Sabe aquele amigo que aparece quando nunca se imagina? É você. Sabe aquela mão estendida quando não se acredita mais nas forças das pernas? É a sua. Sabe aquela ligação quando se duvida que ainda se lembrem da sua existência? Vem de você. Sabe aquelas palavras que chegam no momento em que mais se precisa e menos se espera? São as suas. O ombro amigo sempre disponível? O seu. Aquele carinho irresistível sempre presente mesmo distante? Não preciso mais dizer... Agora, advinha quem consegue me fazer trocar as lágrimas pelo sorriso alegre já esquecido...

É você meu mais que amigo, meu acreditar quando já se duvida. Meu norte, aliás, meu sul. É para você minhas orações, meu crer, meu desejo de vitória, minhas esperanças. É você meu melhor presente. Meu, e só meu, Rey, o senhor dos puxões de orelhas, dadas e recebidas. Minha lembrança saudosa no meio do dia. Minha recordação latente e retumbante a ressoar o passado e o porvir. Tudo isso é você.

Meu guerreiro, minha fortaleza, toda minha Curitiba, um pedacinho dos sonhos alheios, o meu para sempre, o mais verdadeiro, meu torcedor de primeira fila, meu bailão, meu leilão, minha Montevideo...

E é para você meus pensamentos, meus sonhos, meu sorriso, minha canção, minhas poesias, a esperança que não morre por último, e persiste. Você é aquele que nenhuma teoria explica, que nenhuma palavra denomina, que nenhum número quantifica. Não há acepção no dicionário, não há fórmulas matemáticas, tampouco é possível se encontrar em sites de busca. Você é meu mais, muito mais que amigo. E sabe aquela pessoa que te resgata as forças e te faz acreditar que esse mundo vale a pena por sua singela existência? É você...