quinta-feira, 30 de maio de 2013

Cadê vocês?

Cadê vocês aqui comigo nessa hora em que preciso de conselhos, desabafo, colo...

Cadê o sorriso típico de bom dia de cada um, os abraços, os olhares...

Cadê as piadas nossas de cada dia, as ambiguidades friamente calculadas, as malícias premeditadas e as gargalhadas de sempre?

Cadê vocês, cadê a mim mesma que me traduzia através de vocês, cadê o nosso “nós”?

Sabe esse desmaio de hoje? É de saudade de vocês, é de vontade de vocês, é da falta que sinto de cada companhia. Não é baixa glicose no sangue, é baixa presença de vocês na minha vida.

E tê-los comigo de novo em algumas poucas e egoístas horas me arrancaram lágrimas intensas antes de cair no sono. 

Queria poder revê-los na segunda, contar do meu feriado, ganhar um abraço, uma xícara de café, uma banana com dedicatória, uma rosa roubada da experiência de química, um bilhetinho sobre a mesa... E quando percebo que não tenho mais tudo isso, é inevitável a pergunta: cadê vocês?


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cansei


Por hoje, me cansei de tudo. Me cansei de todas essas indefinições, das mensagens ansiosamente esperadas q nunca acontecem, das respostas nas entrelinhas e de todas as suposições. Me cansei de todos os meus relacionamentos doentios, do passado, presente e futuro e do quanto ainda falta viver. Me cansei dos homens, me enjoei do meu professor de boxe e não quero ver nem pintados os meus mais queridos alunos.

Preciso de um tempo e preciso me cuidar por completo.  Porque hoje, me cansei do galã da novela das oito. Sinto preguiça das cantadas de pedreiro proferidas pelas ruas e os homens de balada nunca foram mesmo bem-vindos. 

Me cansei dos namoricos a distância, que a distância sempre permanecem. Estou cheia de esperar por uma resposta, por um convite ou por um telefonema que não saem da fala. Chega de atrasos, de segurar o medo dos outros, de esperar que se curem, que se decidam, que se resolvam. Enquanto isso, não sou eu quem vai ficar à espera porque me cansei de esperar por algo que nunca tenho.

Se a culpa é dos outros? Não, imagina! A culpa é minha. E porque a culpa é minha é chegada a hora de ser livre novamente. Eu quero mais é me libertar, poder voar pelo desconhecido, não ter que me preocupar com o futuro, com as previsões do tarot, com o telefone que não toca e muito menos com o que me aguarda no facebook. 

Tudo bem, eu entendo que são todas essas ansiedadezinhas que movem a vida e a fazem ter mais sentido. Mas esse sentido, por agora, eu dispenso. Quero de volta aquele contorno morno dos dias de semana, a tranquilidade dos sábados e domingos, o previsível da rotina. Chega de altas aventuras, de esportes radicais e de adrenalina nas alturas. Por agora, eu quero paz, eu quero namastê, eu preciso de mim como antes, por inteiro. E confesso, nesse turbilhão de sentimentos, de esperas, de indecisões e de medos eu não consigo me encontrar. Definitivamente, essa não sou eu.

Por favor, me deem um tempo porque me cansei. Me deixem quietinha, eu prometo ficar bem. Mas hoje, apenas por hoje, me deixe não mais existir.