domingo, 2 de agosto de 2015

Agradecer

A palavra que ressoa em minha mente agora é essa: agradecer!

Preciso ser grata e preciso de um tempo, como todas as outras vezes, para me recuperar, para me recompor, para me fortalecer e voltar às minhas escolhas. Talvez meu defeito seja acreditar no ser humano sempre. Meu erro tão infantil que persiste a cada nova oportunidade dada e recebida.

Um tempo para mim, para fazer o que gosto, para estar com quem gosto e para gostar de quem gosta de mim. Sinto que sou capaz de atrair boas energias e grandes companhias, embora algumas às vezes cheguem por engano. Essas, prefiro que não permaneçam. Se o anjo da guarda cochilou, ainda há tempo de realocar algumas peças, desde que se descubra a tempo. E se ainda há tempo, melhor agradecer pelo estrago ser suficientemente pequeno para consertá-lo.

Agradecer por todo o pressentimento que se faz presente quando mais se necessita. Pelos indícios que não demoraram tanto a aparecer. Pela autoestima e o amor próprio que são suficientemente grandes a ponto de não, nunca, jamais se mendigar amor, carinho e atenção. Agradecer por não insistir no erro e perceber a tempo em qual precipício se poderia cair.

Se é para mentir, melhor partir. Se não há respeito ao outro e aos seus sentimentos, que se vá. Se não houver caráter, não vai ser comigo com quem vai ficar. E se tiver que compartilhar companhia, que eu permaneça como estou. Estou certa de que me sinto melhor assim.

Preciso agradecer por, de alguma forma, saber quem sou, quem eu quero, o que quero e qual caminho seguir. Talvez seja essa certeza que traga o equilíbrio que me guia o caminho. Não quero futilidade, quero essência. Não me basta apenas a beleza, necessito conteúdo. Não adianta ser inteligente e bem sucedido, mais que isso, é importante valores e princípios. Que me respeite, em primeiro lugar. Que seja sincero, que não finja sentimento para me agradar ou para conseguir o que se queira.

Obrigada, meu Deus, por me abrir os olhos. Que os sentimentos não me ceguem jamais. Que eu saiba separar o joio do trigo, discernir o bem e o mal e, no final das contas, não me render a falsas promessas. Que eu saiba fazer escolhas conscientes e não me deixe levar pela aparência. Que eu consiga ir além da carcaça e enxergar e sentir o que se oferece o coração.




sábado, 1 de agosto de 2015

Que se vá

Não vou pedir para que fique ou para que me escolha porque sua decisão já foi tomada. E não quero que volte atrás nem que me procure nem que me ame ou sequer sinta qualquer tipo de carinho.

Finja que não me conhece, que eu não existo, que não sabe quem sou porque a partir de hoje é o que farei.

Não quero ter mais notícias suas, independente do laço que nos una, não quero mais saber de você, de suas glórias ou vitórias, tampouco das derrotas, embora seja isso que você mereça.

Se você foi capaz de fazer tudo o que fez em tão pouco tempo, imagine só do que seria capaz se permanecêssemos juntos.

Quanta mentira, quanta dissimulação, quanto teatro. Para que tudo isso? Já não nos conhecíamos o suficiente?

Pensei que estivesse lidando com um homem maduro e honesto, mas você me prova que não, que é só mais um e vai embora levando toda a fama que havia construído de bom moço.

Toda essa farsa que vive não é para mim. Melhor exibi-la para aqueles que vivem como você, de curtidas no facebook, de comentários idiotas nessa foto ridícula de perfil, de amigos imaginários nas redes sociais.

Me poupe de toda essa sua carência, de toda essa vitimação, dessa sua vida amorosa falida porque não vai ser comigo que essa sua história sem final feliz vai se repetir. Guarde-a para pessoas como você.


E obrigada por não me escolher, por partir, por se mostrar quem de fato é a ponto de não me envolver ainda mais.  E me faça um bem, pelo menos um: esqueça que um dia estivemos juntos porque é o que tenho tentado fazer desde o dia em que me disse haver outra pessoa em um lugar que pensei me pertencer.