Quanta saudade da minha avó. Das
suas mãozinhas gordas e pequenas. Dos seus vestidos, da sua voz, da sua fala,
do seu sorriso, dos seus cabelos brancos.
Quanta saudade daquele tempo em
que me fazia companhia me trazendo seu pratinho esmaltado com toda a variedade
de biscoitos, além do pão nosso de cada dia, o queijo quando se tinha e uma
caneca de café com leite com uma pitadinha de sal.
Quanta saudade do tempo em que
terminava o almoço pontualmente às 11h para que eu pudesse comer e terminar de
me arrumar para ir à escola. Quanta saudade da época em que enchia a casa das
suas rosquinhas caseiras, do seu mingau de milho verde, do frango com quiabo às
quartas e do Sílvio Santos aos domingos.
Que saudade do ovo quente todas
as manhãs com farinha de mandioca ou farinha de milho acompanhado do cafezinho
bem quentinho servido em uma canequinha verde esmaltada. Que saudade dos seus
conselhos de avó, dos seus chás para bicha, do seu medo de chuva forte, dos
seus xingos, do seu silêncio às 18h, do terço, das suas orações.
Que imensa saudade da sua simples
presença. Simples, assim como ela, mas ao mesmo tempo tão forte, tão marcante e
significativa a ponto de na sua ausência nos deixar órfãos de um amor só dela,
tão dela e cheios de uma lembrança e de um tempo feliz graças a ela.
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