Atualmente,
quando saio de casa, peço proteção a todos os seres desse e de
outros planos. Proteção, principalmente, para que eu não me
envolva com quem não me merece, com quem não me quer, com quem não
vibra na mesma vibe que eu, com quem não me acrescenta nada, com
quem vai me fazer sofrer.
Com
o tempo, fui entendendo que se relacionar requer muitos
investimentos: de tempo, de dinheiro, mas, principalmente, emocional.
A gente tem um prazo para se reconstituir depois de um relacionamento
que chegou ao fim. A mente da gente nos faz várias perguntas para as
quais não temos muitas respostas seguras.
Não
é fácil estar bem e equilibrado nesse mundo agitado, cheio de
cobranças e julgamentos. Me vejo, às vezes, me justificando para
mim mesma as atitudes que tive, as coisas que fiz e pensei, meu modo
de agir, numa tentativa de ser aceita por mim mesma. É uma luta
constante estarmos em paz. Parece contraditório, mas é assim que
funciona. Há uma luta interna para que as coisas caminhem bem. E,
depois de muito treino, leituras e mais leituras, exercícios
constantes de autoconhecimento, investir naquilo que gosto, alcançar
objetivos e me amar cada vez mais, definitivamente, não quero mais
entregar de bandeja meu coração para qualquer um.
É
um esforço constante estar bem para de repente entregar minha paz
para quem não merece. Aliás, ninguém merece levar nossa paz,
ninguém. Só a gente sabe o quanto é difícil estar estável
emocionalmente num relacionamento. Em especial, quando estamos ainda
num processo de amor próprio. E é por isso que toda vez que saio de
casa, peço proteção para que meus olhos não enganem meu coração,
para que eu não caia em mais uma daquelas armadilhas que são
armadas para quem é imaturo e inocente.
Hoje,
entendo que todo mundo que entra e sai da minha vida dura o tempo
necessário para me trazer aprendizados e que ninguém tem que ficar
com prazo de validade vencido. Por outro lado, a experiência e a
maturidade me fazem, nessa fase, saber quem vale e quem não vale a
pena ser convidado para entrar na minha casa por uns dias ou para
sempre.
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