terça-feira, 16 de abril de 2019

Amiga de mim


Algumas vezes, me cobro entender que tudo é como tem que ser, que todas as pessoas estão nos lugares onde deveriam estar e que nada sai errado e sim diferente da forma como gostaríamos que fosse. Sei, aliás, tenho certeza de que minha essência, agrade aos outros ou não, é meu bem maior. É ela quem me conduz e é ela que atrai ou repele as pessoas que devem entrar ou não na minha vida.

Sei que me cobro muito, que me chicoteio algumas vezes com repreensões massivas, mas hoje, quando isso chega a acontecer, me coloco no colo e me digo: “calma, tá tudo bem. Eu te amo mesmo assim. Você é perfeita.” E isso é o bastante e reconfortante a ponto de eu me sentir acolhida novamente.

Quando vejo que as coisas não saíram conforme o planejado, me entrego num movimento de doação, confiante de que estou sendo levada a algo muito maior. E agradeço por todo cuidado que sei que o Universo tem comigo. Isso me acalma e me traz segurança. Me lembro nessas horas de que não há o que temer.

Todo esse movimento me liberta de qualquer sentimento de competição, tapo os ouvidos às vozes do ego e sigo o meu caminho ciente de que devo seguir pela esquerda, pelo coração, e não pela razão, pelo olho por e olho e dente por dente. Essa não sou eu. Tenho sido cada vez mais amiga comigo mesma, mais parceira, mais empática e complacente. O meu exercício tem sido o de me colocar no meu lugar e tentar ver as coisas de um outro ângulo. Procuro sair da minha posição de origem e ver as coisas de fora, como uma expectadora de mim mesma. E por incrível que pareça, tem funcionado.


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