Quantas mentiras guardadas ainda por dizer. Tanto medo
amarrotado escondido debaixo do travesseiro. E as sujeiras empurradas para
debaixo do tapete? Tanta correria, tanta gente ficando para trás, tantos planos
inúmeras vezes adiados e os novos ansiosos por realização. As ideias se
atropelam, os desejos se confundem e nada sai do lugar.
Uns vens, outros vão e a maioria sem destino, perdida. Olho
para o lado e vejo um mundo de gente tentando se encontrar da forma mais
improvável possível. O que fazer? Para onde ir? Que caminho seguir? Não sei.
Ninguém sabe. Nada se sabe.
Perguntar agora não é a melhor opção. Talvez seja hora de
parar, respirar, rever e reavaliar. Rever planos, reavaliar condutas, refazer desejos.
Talvez seja hora de deixar para trás os sonhos de criança e colocar em prática
os de mulher. Talvez seja hora de mudanças. Das mais singelas às mais radicais.
Mudanças, amiga! Ou elas se tornam reais ou nada sairá do lugar.
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