Mais um ano. De vida, de amor, de sonhos, de descobertas, de
amadurecimento. Tanto tempo, tanta espera, tanta apreensão. E hoje vejo. É só
mais um dia. Um dia feliz. Um dia especial. Um dia como os outros. Um dia
normal. Um dia meu.
Pessoas chegaram. Pessoas partiram. Algumas mais
intensamente. Outras, à francesa. Amigos
se casaram. Avós se foram. Filhos nasceram.
Boas notícias brindaram bons anos. Histórias coloriram dias.
Encontros e confidências celebraram amizades eternas.
Houve dúvida, muita dúvida. Houve lágrimas.
Gargalhadas. Arrependimentos. Vontade de voltar. Vontade
de ficar. Vontade de partir. Houve medo.
Houve superação. Derrotas. Vitórias...
Existiu e ainda existirá carinho de mãe, piada de pai, abraço
de tia, ciúmes de irmão, beijo de afilhada, brincadeira de primos, cuidado de
amigos, lambida de cachorro. Sorrisos, colo, xingos... Segredos, torcida,
saudade... Medo, lágrima, esperança... Socorro, brigas, pazes. Despedidas, partidas,
confissões.
E haverá tudo isso por mais três décadas porque há amor.
Amor familiar. Amor materno. Amor paterno. Amor de amigo. Amor de irmão. Amor
de primas-irmãs. Amor pela vida. Amor por estar viva. Há vida ansiosa por ser
vivida.
Hoje sinto que trinta é melhor que vinte. Vejo que hoje
estou melhor que ontem. Me enxergo mais segura, mais mulher, mais madura. E
percebo que não há limites. Não para aqueles que sonham, para aqueles que
lutam, para aqueles acreditam.
E agora, chegada a hora, vejo: amanhã é só mais um dia.
Um dia especial, um dia meu, mas só mais um dia. Um dia que por sinal, quero
passar só, na minha própria companhia. Não para refletir, não para doer, não
para sofrer. Mas porque esse é o melhor e maior presente que me posso dar. Dar
a mim de presente para mim mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário