O tempo, senhor da justiça, foi o único capaz de mostrá-la o
que saía de errado durante tanto tempo. Ciente dos erros cometidos, restava-lhe
agora reorganizar as prioridades, sempre confundidas, rever alguns passos e
seguir em frente, disposta a mudar o roteiro final. Pelo sim ou pelo não, muita
coisa mudaria dali em diante.
Segura das últimas descobertas, não havia mais o que temer.
Tudo conspirava a seu favor, e na pior das hipóteses, com o erro já
identificado, ficava mais fácil acertar das próximas vezes. E porque não queria
próximas vezes, seu sangue corria quente nas veias no ritmo da batida do seu
coração, que soprava aos ouvidos: “Confia em mim!”.
Em harmonia, todo o
corpo trabalhava em prol daquilo que julgava ser sua felicidade, almejada
ardentemente. A pele lisa, os cabelos sedosos e os olhos brilhantes era um
sinal de que, apesar de toda aquela ansiedade, tudo corria bem.
Um sim ansiosamente aguardado transformaria sua vida para
sempre, anunciando borboletas ao redor, noites sempre estreladas e arco-íris na
madrugada. Por meio daquela mudança forte, porém lentamente detectada, ela
seria uma nova mulher disposta a fazer valer todos os sonhos de duas vidas.
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