Estou tão cansada de criar e
desfazer vínculos. Descobri que sou uma pessoa fácil de se deixar levar. A cada
sorriso, a cada convite de amizade, a cada conselho ou numa simples troca de
números ou telefonemas já me sinto mais familiar do que o necessário. E desse
jeito, carrego para o meu mundo todas as novas companhias que me foram brindadas.
A parte ruim de tudo isso? Quando
essas companhias todas se vão ou quando, forçosamente, pelas circunstâncias da
vida, me arrancam delas. Me sinto mutilada, invadida ou desrespeitada por não
terem sido consideradas as minhas escolhas. Se algumas delas não me escolheram,
tudo bem! Lá se vão elas, bem ou mal, por vontade própria. Mas se a escolha é
mútua, por que não permanecermos juntas para sempre?
Ainda que permaneçam nas
lembranças, num oi repentino, numa rápida ou demorada ligação ou num encontro vagarosamente planejado, a convivência não é mais a mesma. Nem o colo, nem os
conselhos, nem os alertas, nem as risadas, nem... nem ... nem... Ah! Nem...
E quando se vão, me sinto tão
sozinha, tão triste com a saudade em níveis nunca alcançados. E não me importo
em começar tudo de novo, mas me machuca pensar que mais uma vez a vida vai
me afastar daqueles que escolhi como minhas estrelas. Ultimamente, esse tem sido meu exercício
constante, conhecer meus novos, e de repente não mais novos, companheiros. Aqueles
que no final das contas, sempre me deixam. Porque não me querem mais, porque
precisaram se distanciar, porque o destino os obrigou a se afastarem, porque eu
não pude permanecer, embora quisesse muito, porque talvez a missão dada era a
de que deveriam apenas me fazerem feliz por um ano, por um mês, por duas semanas,
ou por um dia apenas.
E eu, mais uma vez, sozinha, os
vejo ir devagar. E eles, mais uma vez, lá se vão...
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