Descobri que não sei lidar com perdas. Se houver alguma vida envolvida, um coração batendo, me torno alvo fácil. Quase um mês depois de ter sofrido a maior perda de nossas vidas, e ainda sem conseguir lidar com ela, se vai ele, o Tobias. Meu pedacinho de nuvem, meu algodão doce, meu tiquinho de marfim, meu Totó.
Não sou mais capaz de escutar essas notícias sem derramar um rio de lágrimas. Minha vontade é gritar bem alto e pedir para que me digam que é mentira, uma pegadinha e que tudo vai voltar ao normal. Mas nada disso acontece e então troco o grito e o desespero pelo silêncio e a tristeza, companheiras constantes depois dos últimos acontecimentos.
Percebo que depois de tanto tempo, continuo uma menina frágil, sensível e imatura. Só eu ainda não consigo lidar com algumas situações, como essas, em particular. Só eu ainda morro de tanto chorar quando essas coisas acontecem. Só eu sofro esse tanto quando uma vida se vai porque sempre que se vão parece que levam junto um pedacinho de mim e percebo, assim, que vou me acabando aos pouquinhos e quase já não existo mais.
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