terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu poderia, mas não...


Eu poderia te dizer que você errou, que esse mundo é solitário e que você vai querer voltar.

Poderia te mostrar como foi grande meu amor, sincero meu carinho e verdadeira toda minha preocupação.

Eu poderia te provar como quis te ver feliz, como quis te fazer feliz, como tentei nos fazer feliz.

Poderia te ligar numa fria madrugada e insistir em um retorno na esperança de um sim.

Poderia rezar aos céus implorando sua pseudo presença em um sábado solitário, na tentativa de uma reconciliação.

Poderia escrever o roteiro de um filme e colocar sua trilha sonora preferida com dois personagens que se amam da forma como deveria ter sido.

Eu poderia exigir explicações mais plausíveis, verdades mais concretas, atitudes mais maduras, ações mais coerentes.

Mas não... não devo te dizer que errou, não tenho que mostrar todo o tamanho  dos meus sentimentos nem quantas manobras fiz pela nossa felicidade.

Não preciso provar nada a ninguém, não é inteligente insistir em uma presença vazia nem sacro pedir aos céus pedidos impossíveis e impraticáveis.

Não... não sou roteirista de filmes com trilhas românticas e final feliz nem necessito explicações  que não mudarão o que penso sobre você.

E, destino, não me peça mais para transformar sapos em príncipes, chorar por quem não merece ou esperar calmamente pelo beijo romântico no final da história porque agora todo o conto de fadas já se acabou e dessa vez sem o mentiroso viveram felizes para sempre.



Nenhum comentário:

Postar um comentário