Tenho
visto com frequência cada um escolher sua palavra do ano, como se
isso tivesse se tornado moda. Mal tomei conhecimento dessa prática e
me dei conta de que já venho fazendo isso também há algum tempo.
Me
lembro de que em 2017 a minha palavra foi “coragem”; em 2018,
“leveza” e, agora, para 2019, elegi “amor próprio”. Me
lembro também que, coincidência ou não, um dos primeiros votos que
recebi assim que o ano virou foi esse: “amor próprio”, de uma
pessoa que eu tinha acabado de conhecer ali mesmo, no sítio onde
passava o feriado. E isso me marcou.
Embora
ainda nas primeiras semanas do ano, essa palavrinha vem me
acompanhando fielmente, já nas minhas decisões e escolhas
determinantes para esse ano e para vida, como se ela me dissesse: “Tô
aqui, ó. Não se esqueça de mim. Não se esqueça do que se
prometeu”.
E de
fato é o que tenho feito, me amado mais e mais, dia após dia,
compreendendo que, para que eu ame os outros, preciso primeiro amar a
mim. Só assim será possível doar amor, caso contrário, como
oferecer aquilo que não sei exatamente o que é, como oferecer ao
outro o que não tenho?
E
esse tem sido o meu exercício diário, em especial nas minhas
relações. Quando percebo que me falta amor próprio, quando me dou
conta de que abro mão do amor que devo ter por mim, quando amo mais
ao outro do que a mim mesma é como se soasse um sininho ou uma
campainha aqui dentro, dizendo “opa, opa, opa! Cadê seu amor
próprio?”. É então quando volto atrás, penso, repenso, reflito
e concluo que não tenho agido tendo por base minha palavra do ano.
Por fim, mudo minhas ações e me reconecto com os meus pensamentos
colocando todo o foco no amor, no meu amor e no meu respeito por mim,
por ser quem sou, por me transformar na mulher linda que sei que sou,
sem precisar provar nada a ninguém, nem a mim mesma. Pelo respeito a
meu processo de amadurecimento e evolução. Por tudo aquilo que dei
conta e por tudo aquilo que não dei conta. Por reconhecer todo o
esforço que venho fazendo para ser alguém melhor para mim, para os
outros e para o mundo.
Sei
que tenho muito a aprender, muito mesmo. Mas sinto também que o
caminho é esse. E para se alcançar a linha de chegada o primeiro
passo foi dado e esse passo se chama “amar-se profundamente”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário