sexta-feira, 6 de maio de 2016

Lu

Não consigo precisar quando tudo começou. Talvez quando o universo tenha dado seu primeiro suspiro, escrevendo nossas histórias nas estrelas, anunciando que seríamos primas, amigas, irmãs, prima-amiga-irmãs. O que posso afirmar seguramente é que o amor que sentimos e vivemos transcende esse mundo visível, paupável e perceptível. Por isso, nada do que eu disser ou tentar explicar vai ser compreensível para quem não tenha vivido o que vivemos, do modo como sempre foi, na intensidade que perdura e na cumplicidade e verdade de tão poucos.
Há muitas histórias (só nossas), infinitas gargalhadas, algumas tantas confidências, inúmeras coisas em comum e muito amor na bagagem.
Hoje, se paro para pensar, percebo que sem você seríamos incompletos, faltaria algum membro, um olho verde ou um sorriso iluminado para deixar nossas vidas mais coloridas e iluminadas. E é quando me dou conta disso que agradeço a Deus, profundamente, por termos você nos compondo, nos preenchendo, nos completando. Celebro no fundinho do meu ser cada momento que te temos conosco, cada oportunidade de estarmos juntas, de dividirmos ainda hoje anseios, planos e peripécias. 
Não queria ser tão pontual, mas como falar de você agora sem falar dos seus planos, dos seus projetos, da sua felicidade? Planos que dividíamos ainda crianças, e que agora vai se cumprindo paulatinamente. 
Não há muito o que se dizer. Por mais que eu lide com as palavras, posso afirmar que em momentos como esse elas são falhas. Mas ainda assim tenho certeza de que você sabe e sente o quanto, por consequência, esse seu momento também é importante para todos nós. Porque, em primeiro lugar,  é para você, porque te queremos muito bem, porque te desejamos o melhor, porque você, aliás, vocês, são muito especiais para todos nós.
E o que posso dizer é que nosso apartamento vai ficar com um vaziozinho, que é o seu lugar.  Vou sentir muito a sua falta aqui quando não houver ninguém para chegar às 5h da tarde, quando não ouvir o barulhinho no fundo de "Caminho das Índias" ou do ventilador ligado, nem o cheirinho do café que tanto me lembra casa de mãe, nem aqueles jantares surpresa  tão gostoso preparado com carinho por você, que nos obriga, por vontade própria, a nos permitirmos um tempo juntas, momento em que as noites se tornam mais longas, em que as histórias brotam e as memórias veem à tona. Nesses dias, dormimos mais leves depois de tantas gargalhadas. 
Vou sentir falta da sua alegria, do seu cuidado e carinho com o apartamento, que deu um toque especial e uma cara nova para o nosso cantinho, trazendo um pedacinho de casa para cidade grande. Vou sentir falta de ter você aqui com a gente compartilhando o futuro, planejando o dia seguinte, dividindo o cansaço. Ao mesmo tempo, como é gostoso te ver bem, te ver seguir, ganhar o mundo, construir o seu mundo. 
Mesmo que não a tenhamos no dia a dia nessa garantia de que estamos juntas, teremos, ainda assim, umas as outras por dentro nessa alegria de sermos família quando nos lembrarmos de que nossa amor é grande, assim como nossos sonhos. Afinal, o que vivemos hoje é parte dele - do amor e do sonho - do que desejávamos quando ainda criança. E tudo passa tão rápido que nem nos damos conta. Moramos juntas. Você se casará em breve. Seremos madrinha e afilhada. E isso é só o começo. Há ainda muito sonho a caminho, clamando por realização, esperando o tempo certo para acontecer. E uma voz me diz baixinho que você será muito mais feliz do que é capaz de imaginar. Essa é a minha profecia. Que você sinta em cada poro esse nosso amor infinito. Obrigada por estar aqui, conosco, dividindo seus sonhos. E nunca se esqueça, Lu, de que você nos completa e te vermos feliz é estarmos todos em comunhão com a mais pura e verdadeira felicidade.


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