A ligação dela no meu dia de aniversário cantando o
“parabéns para você” me deixou aos pedaços. Caí em prantos e não consigo me
refazer fácil. Pelo jeito, dessa vez vou ter que chegar com os olhos inchados e
vermelhos no trabalho. Me lembrei de imediato de quando ela me acordava em todo
04 de outubro cantando a música típica de dia de aniversário, me abraçando o
abraço mais gostoso e carinhoso do mundo e me desejando um monte de coisas
lindas, além de me dizer pedir a São Francisco por mim. Agora, muitos anos
depois, a mesma cena continua a se repetir, só que eu aqui e ela lá, via
telefone. E essa memória me destroçou. Prevejo que vou continuar emotiva até
terminar o dia.
E tudo isso depois de ler uma cartinha colocada
cuidadosamente debaixo da porta do meu quarto de outro alguém especial e memorável. Uma cartinha linda, colorida,
como as que costumávamos fazer quando mais novas em dias de aniversário de
primas-irmãs. Aí estava a raiz de toda lágrima que seria derramada durante aquele dia,
inevitavelmente especial. Especial a cada ano, por cada história a ser contada, a cada
nova amizade agregada, por todo balanço feito. Chorei, de emoção, de
felicidade, por cada dor, por todo amor, pela sensibilidade característica devido a data, por toda história construída até o momento. As lágrimas ainda
descem e acho que por muito tempo, elas ainda serão minha companhia em dias de aniversário.
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