segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fui ser feliz


Enquanto você fica aí pensando no que fazer da sua vida, já tenho a minha muito bem resolvida. Enquanto se decide por mim ou pelas outras, sigo meu caminho descobrindo homens mais maduros e mais seguros também. Se a indecisão é sua aliada, de mim a quero bem longe. Se espera que tudo dê errado primeiro, para só depois vir me procurar, sinto muito, fui ser feliz!

Cansei de te esperar, chega de promessas que não se cumprem, de telefonemas que nunca acontecem, do retorno que ficou pelo meio do caminho. A vida me aguarda prometendo novos amores. Enquanto se decide por mim ou pelas outras, fui ser feliz.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ela se foi


Ela se foi. E com ela um pedacinho de cada um de nós. Mas deixou sua história, as lembranças e uma dorzinha de saudade no bolso de cada uma de nossas calças, para que nunca a esqueçamos, como se isso algum dia fosse possível.

Em cada rosto sinto uma mistura de tristeza, dor, alívio e certeza. Certeza por ter sido feito TUDO que se poderia fazer, certeza da doação, certeza da entrega, certeza do amor mais puro e verdadeiro.

Me pego pensando em tudo o que fez por mim e percebo que nem uma vida interia seria capaz de pagar. Tão guerreira, tão forte, tão Maria, tão santa, tão Celeste.

A dor agora é proporcional a todo amor. E como a amamos! E fomos tão amados também. Nos unimos tanto, aprendemos tanto, crescemos tanto e nos tornamos tão humanos. E agora, sozinha no silêncio do meu quarto questiono a Deus, mais uma vez, na minha ignorância humana e pecadora, um porquê para toda dor e todo esse vazio flechando nossas almas e corações. Busco, mais uma vez, um sentido para a vida, se dela sempre se vão as pessoas que mais amamos.

Ela se foi, mas seu legado permanecerá. Ela se foi, mas ficam as lembranças que não se apagarão com o tempo. Fica a alegria do convívio e o orgulho da história dividida. E fica também essa dorzinha intrusa corroendo o coração. Ela se foi e já não somos mais os mesmos porque com ela, um pedacinho de cada um de nós também se foi.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Essa sou eu


Quantas vezes será preciso ainda explicar que essa sou eu? E que mal há em não querermos frequentar os mesmos lugares que os ex, já que estar ali nos traz lembranças das quais não se está disposta a recordar? Que problema existe em não querer se expor em situações embaraçosas das quais prefere poupar-se? É proibido ficar em casa num sábado a noite em sua própria companhia porque o programa não promete como os anteriores? O que há de ruim em não querer trombar com alguém que não te faz bem? 

Isso se chama bom senso, autoconhecimento, maturidade ou deem o nome que acharem melhor. Quando nos conhecemos de verdade, não precisamos nos colocar a prova de fogo, na linha do limite, na comissão de frente da batalha. Isso se chama cuidar-se, proteger-se, poupar-se. Se estar com alguém não me faz bem, imagino que a melhor solução seja recusar o convite. Se há a grande possibilidade de me encontrar com alguém com quem não quero em um evento que não me acrescentará nada, não vejo razões para desafiar o destino e me provar o contrário.

Aos bisbilhoteiros de plantão, deixem-me estar só, tomar minhas decisões da maneira como me convém e fazer da forma como acho melhor. Me sinto segura de tudo o que tenho feito, desde o início, ainda que da forma errada. Não gosto de brincar com os sentimentos alheios porque brincaram com os meus ou porque é preciso descontar. Não costumo deixar que as atitudes alheias direcionem as minhas. Não possuo o hábito da vingar-me nem por muito nem por pouco.

Que sejam felizes todos, mas que me deixem ser feliz da minha maneira e me guiar em direção ao caminho que me faz bem. Me deixem ver o mundo com os meus próprios olhos, ainda que de forma utópica e sonhadora. Porque, tenho certeza, no momento certo e na hora certa, as verdades se fazem presentes. Que mania possui o ser humano de invadir um espaço que não lhe pertence e para o qual não foi convidado a entrar. 

Cuidem de suas vidas, busquem a sua paz, encontre a sua felicidade da forma como queiram e nos lugares onde queiram, mas lhes peço, por favor, me deixem em paz. Se lhes agradam ou não, essa sou eu e ponto!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Re-aprendi


Tê-la ao meu lado nessa hora estranha me fez bem. Diminuiu a dor, acalmou o coração e me impulsionou a continuar o caminho.

Recapitulei a lição de antes sempre em dia. Caminhos incertos, bares desconhecidos, risadas constantes, besteiras, caipis, cervas e boxe. Que as curvas nos levem às surpresas que nos aguarda.

Aprendi novamente a preencher meu dia como não acontecia mais. Re-aprendi a ver a vida com os olhos da alma, a ser feliz como se deve ser. Redescobri a alegria dos barzinhos, as surpresas da madrugada e reconquistei a companhia do “voltar a pé até o centro”. 

Desplanejei o planejado e me entreguei ao destino. Que a vida me leve, que eu seja feliz e que o acaso me traga toda a maravilha que não se espera, mas que profunda e silenciosamente se deseja.