sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ela se foi


Ela se foi. E com ela um pedacinho de cada um de nós. Mas deixou sua história, as lembranças e uma dorzinha de saudade no bolso de cada uma de nossas calças, para que nunca a esqueçamos, como se isso algum dia fosse possível.

Em cada rosto sinto uma mistura de tristeza, dor, alívio e certeza. Certeza por ter sido feito TUDO que se poderia fazer, certeza da doação, certeza da entrega, certeza do amor mais puro e verdadeiro.

Me pego pensando em tudo o que fez por mim e percebo que nem uma vida interia seria capaz de pagar. Tão guerreira, tão forte, tão Maria, tão santa, tão Celeste.

A dor agora é proporcional a todo amor. E como a amamos! E fomos tão amados também. Nos unimos tanto, aprendemos tanto, crescemos tanto e nos tornamos tão humanos. E agora, sozinha no silêncio do meu quarto questiono a Deus, mais uma vez, na minha ignorância humana e pecadora, um porquê para toda dor e todo esse vazio flechando nossas almas e corações. Busco, mais uma vez, um sentido para a vida, se dela sempre se vão as pessoas que mais amamos.

Ela se foi, mas seu legado permanecerá. Ela se foi, mas ficam as lembranças que não se apagarão com o tempo. Fica a alegria do convívio e o orgulho da história dividida. E fica também essa dorzinha intrusa corroendo o coração. Ela se foi e já não somos mais os mesmos porque com ela, um pedacinho de cada um de nós também se foi.

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