quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Um abraço, por favor

Como me faz falta abraçar. Só isso, abraçar... abraçar e me deixar ali, inteira, entregue, completamente vulnerável em braços que me prendam por alguns segundos. Agora que não os tenho constantes como os tinha antes, me fazem falta. Muita falta. Me fazem falta demais. E percebo a força, o poder e a cura que representam para mim, hoje, dois braços enroscados em torno de mim. 

Carência? Talvez... Pode ser que sim... talvez seja isso mesmo. Não sei... não sei de nada mais. Não sei. Nada. Cada vez mais me vejo pequena, um grãozinho de areia perdido no meio do deserto. Cada vez, compreendo um pouco mais minha fraqueza, minha pequenez, minhas dores, meus medos e desejo enfrentá-los na tentativa de me ver fazendo mais sentido para mim mesma, e depois, talvez, fazer sentido para os outros também, quem sabe até mesmo para o mundo.

Complexo, né?! Eu sei. Confesso que tenho me esforçado, muito. Talvez seja a crise dos 40, assim como vivi a crise dos 30. Minha vida tem seguido como uma montanha-russa. As emoções são confusas, desequilibradas. Talvez sejam os hormônios brigando aqui dentro de mim. Tem dias que tudo vai bem. Em outros quero fugir, do mundo, de mim, de tudo e de todos. Em outros me deixo levar. Há dias que desejo viver intensamente e há outros em que não quero sequer sair de casa. O que todos eles têm em comum? O desejo de um abraço.






 

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