sábado, 14 de maio de 2011

Partida do jogo da vida

Sinto-me sozinha. Meus amigos já não são mais os mesmos. Minha rotina mudou. Minha rota já não é mais aquela de trinta dias atrás. O itinerário parece ainda desconhecido.

Novos rostos, novos caminhos, novos horários e a mesma incerteza do amanhã. O mesmo medo do por vir. A mesma insegurança infantil caminha de mãos dadas com o presente.

A noite termina mais cedo, a casa parece a companhia mais constante, os dias são mais solitários, a rua já não possui tanto mistério e glamour. O telefone já não toca mais, os imprevistos saíram de campo e agora tomam o gramado a rotina, o previsível, o trivial, o literalmente (e literamente mesmo) feijão com arroz.

Agora não são mais os 90 minutos o momento enfadonho e cansativo pela sua monótona obviedade e sim a sua prorrogação. Aquela que antes causava ansiedade e doía o peito, suava as mãos, trazia novidades, enfeitava a semana, fazia revelações, virava o jogo e fazia o gol da vitória agora cai para a segunda divisão, sem cliques, sem primeira capa, desinteressante e sem notoriedade. Será que com apenas os 90 minutos consigo o glorioso desempate ou teremos ainda prorrogações, ainda que jogado apenas com um jogador?

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