quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Três é ainda melhor


Hoje, depois de um sonho realizado, me sinto parte de tudo isso. Parte dessa história, parte do relacionamento, das brigas, das alegrias, dos jantares a três, dos planos, do futuro...

Uma simples ligação e toda uma vida, aliás, duas vidas, se transformaram.  No telefone: “Li, fiquei com seu irmão.” Ah... meu irmão nãããooo! E a partir de um “só fiquei com você porque você é irmão da Li” e “só fiquei com você porque você é amiga dela” dois destinos, aparentemente opostos, se cruzaram para permanecerem juntos e não mais se afastarem.

Nos nossos programas a três houve cumplicidade: “Li, beba água. Muita água!”. Houve funk: “Ti-ta-nic! Titanic! Titanic!”. Houve muito rock: “Ohhhhh... I’m still alive”. Houve clichês: “Feio, chato, chato, feio.” Músicas em um inglês singular: “Time want to time tonight”. Houve vinhos, muita Big Apple, Mojitos, Malibus, Cubas, Caipirinhas, cervas, energético de quinta, água, muita água, incontáveis Ruffles, Kikão de fim de noite e mais uma infinidade de histórias para contar.

New House, Chalezinho, Canton, Jack, Fogão a Lenha, Tunico, Silvano, carnavais, bailes, encontro de motociclistas, festas de aniversário, jogos do Galão da massa. Todo e qualquer evento em todo e qualquer lugar estávamos lá, o casal: nós três. Dos desavisados surgia a pergunta: “Uai, Plínio! Duas?”. Dos João Sem Braço, a brincadeira: “Agora sim, formamos dois casais”. Dos amigos sempre muito prestativos, a carona: “Plínio, deixa que sua irmã eu levo”.

E foi aos poucos que deu certo um relacionamento a três: eu, meu irmão e minha amiga. Ou: eu, minha amiga e o namorado dela. Ou ainda: eu, meu irmão e minha cunha. E deu certo: os presentes por encomenda, os puxões de orelha, os desabafos, os colos, os trabalhos acadêmicos, as risadas de sempre, a bochecha dormente, os porres de toda vez, a amizade, a cumplicidade, o amor a três.

E hoje, por meio de um sonho realizado, faço parte de uma história escrita a seis mãos. Pela torcida, pela preocupação, pelos ciúmes às escondidas, pelo querer bem, pelo desejo de felicidade e de acerto que impulsiona, pela companhia reconfortante, pelos conselhos de uma aprendiz dados e recebidos, mas principalmente por todo amor.

Por um amor que não é de um nem de dois, mas de três. Um amor triplo, trino, tríduo. Um amor a três, ao cubo, elevado a terça potência. Um amor que vivifica, que se renova, que permanece, que perdura e que dia após dia se eterniza. Dizem que um é pouco, dois é bom e três é demais. Em alguns momentos, três também dá rock. Aliás, só rock não. Dá uma orquestra inteira porque quando tem amor de verdade, um é pouco, dois é bom, mas três é ainda melhor.